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  • Foto do escritorRildo Moraes

Visão Grega do Amor

Os gregos nos falam de 7 tipos diferentes de amor. Conhece-los nos taz uma melhor compreensão sobre esse misterioso sentimento. 1. Philautia

É o amor que temos por nós mesmos: autoamor! Honestamente, este é onde todo amor de começar. Quando nosso relacionamento com nós mesmos é forte, todos os outros amores em nossas vidas parecem se encaixar. Philautia vem em duas formas. Uma é uma espécie de falso amor-próprio, semelhante à arrogância e narcisismo. Envolve um gosto pelo dinheiro, fama e poder. Esse tipo de amor próprio é fruto da ignorânica ou do medo. Em contraste, uma saudável Philautia é caracterizada pela autoestima, confiança e um compromisso de cuidar de nós mesmos e dos outros. Isso nos permite direcionar o amor que temos por nós mesmos ao mundo que nos rodeia.

2. Pragma

É um amor baseado na dedicação ao bem maior. Em um amor pragmático. O romance e a atração não são itens essenciais para esse amor, pois há outro objetivo na relação. Este tipo de amor é muitas vezes visto em casais que se formaram a partir de um casamento arranjado ou aliança política. Entretanto é esse tipo de amor que faz relacionamentos funcionarem por causa dos filhos. Pragma é o tipo de profundo de compromisso que nos leva a fazer a coisa certa.

3. Ludus

É o oposto de Pragma – embora muitas vezes possa crescer para o outro à medida que o tempo e as circunstâncias mudam. Ludus é uma forma de amor mais divertida. É definido por brincadeira, alegria e falta de compromisso. Este é o tipo de amor que podemos sentir quando dançamos com uma estranha ou namoramos com um colega de classe. Em contraste com a profunda dedicação que caracteriza o amor pragmático, o único objetivo compartilhado de Ludus é o prazer. Ludus é divertido, mas não pode durar por si próprio. Em Ludus, o amor é uma brincadeira que muitas vezes se limita a uma única noite. O desafio da conquista é mais atraente do que a pessoa que se tenta seduzi O conquistador evita os compromissos. Pode cultivar mais de uma relação ao mesmo tempo. Comum em quem nunca se apaixonou ou que tem uma paixão nova a cada duas semanas.

4. Eros

É o tipo de relacionamento que frequentemente associamos à palavra “amor”. Este tipo é caracterizado pelo romance, paixão e desejo. Eros é o nome grego para cupido, que atira em pessoas com suas flechas e causa esse tipo de atração. Ele é muitas vezes retratado como uma criança vendada, sugerindo que Eros muitas vezes ataca sem razão. Esse tipo de amor é o mais perigoso, mas também é o que perseguimos com todo o coração. Ele nos consome completamente e desafia qualquer tipo de lógica. Eros é a paixão romântica dos poetas. Envolve forte atração fisica e desejo sexual. Acontece de repente e pode terminar de modo abrupto. 0 apaixonado não consegue controlar esse sentimento, intenso e irracional gasta parte do seu dia (e noite) pensando no ser amado. Quem experimenta essa sensaçao inebriante não mede consequencias. Só uma coisa importa: ser correspondido. Esse é o amor presente em nove entre dez filmes de Hollywood.

5. Philia

Descreve o sentimento compartilhado de calor que temos com nossos irmãos ou amigos próximos. É sincero, platônico e mutuamente benéfico. Isso ultrapassa Eros e Ludos, então, seria sábio priorizar esse tipo de amor sobre os demais. Muitas vezes, os amantes podem se desenvolver para compartilhar essa conexão. Eles podem dizer a você que seu cônjuge é o seu melhor amigo. Isso é algo para se almejar, uma vez que Philia é uma das conexões mais poderosas que duas pessoas podem compartilhar. Estas relações são íntimas, autênticas e seguras. Na série Clyde & Bonie ou no file Uma Rajada de Balas, que conta a história veridica de aor e roubos um casal de gangsters: Bonnie Parker e Clyde Barrow da década de 30. Detalhe: Clyde sofria de impotência sexual.

6. Storge

É o tipo muito especial de amor que os pais têm para com seus filhos. Como Philia, esse tipo de amor é poderoso e eterno. No entanto, ao contrário de Philia, não é um sentimento de amor entre iguais. Em vez disso, descreve uma relação de pais que cuidam de uma criança. Também difere de Philia na medida em que é incondicional. A criança não tem qualquer responsabilidade com os pais. Pelo contrário, os pais a amam exatamente como são. Storge é o que inspira os pais a perdoarem seus filhos, incondicionalmente. Pais com um forte senso de Storge farão qualquer sacrifício por seu filho e não pedirão nada em troca.

Alguns estudiosos dizem que certos romances começam de uma maneira tão gradual que os parceiros nem sabem dizer quando. Histórias assim se enquadram no estilo Storge, nome da divindade grega da amizade. A atração fisica não é o principal. Nada de noites incandescentes. 0 que conta é a confiança mútua e os valores compartilhados. Os românticos desprezam esse tipo de ligação. Mesmo assim, nas pesquisas os amantes do tipo Storge revelam satisfação com a vida afetiva.

7. Ágape

Tudo para o outro. Ágape, em grego, significa altruismo, generosidade. A dedicação ao outro vem sempre naturalmente. Quem pratica esse estilo de amor entrega-se totalmente à relação e não se importa em abrir mão de certas vontades para a satisfação do ser amado. Investe constantemente no relacionamento, mesmo sem ser correspondido. Sente-se bem quando o outro demonstra alegria. No limite, é capaz até mesmo de renunciar ao parceiro se acreditar que ele pode ser mais feliz com outra pessoa Um exemplo de Agape no cinema é a personagem Teresa em A Insustentável Leveza do Ser (1987). Por amor, ela suportava a infidelidade do namorado, Thomas, um Ludus incorigivel.

Pode ser também entendido no sentido universal do amor que todos nós aspiramos sentir. Agape é um amor incondicional para todos os seres vivos. Este é o tipo de amor que nos dá o desejo de fazer o bem. Estes sentimentos podem nos inspirar a ser voluntários, salvar o planeta, ou realizar um simples ato de bondade. Eles nos ajudam a agir com compaixão e altruísmo. A verdadeira agape é caracterizada por uma forte conexão com a natureza, a humanidade e o universo. É do Ágape que nasce o amor ao próximo. Quando sentimos Agape, estamos mais próximo de Deus.

8. Mania

Fantasma da perda. Quem já experimentou uma ligação amorosa do tipo montanha-russa, um dia nas nuvens e outro no fundo do poço, conhece o estilo Mania. É apaixão obsessiva e ciumenta. O individuo sempre acha que não é amado tanto quanto ama. Requer provas de amor inesgotáveis e é capaz de loucuras para chamar a atenção do ser amado. tem tanto medo do abandono que o parceiro acaba indo embora de verdade. Mania é o lado obscuro de Eros. 0 personagem que melhor o representa é Otelo, que na peça homônima de Shakespeare mata sua mulher numa crise de ciúme.


Leia essa linda liçaõ de Shakespeare Aprendendo a Viver

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